sexta-feira, 10 de julho de 2009

FÉ X RAZÃO:

Jesus passou para a outra margem do mar da Galiléia com seus discípulos e uma grande multidão o seguia, porque tinham visto as inúmeras curas que ele operara naquela região. Ele subiu ao monte e assentou-se com seus discípulos. De repente, ele ergue os olhos e vê uma multidão que vinha em direção a ele. O Mestre indaga a Filipe: ___”Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Diz o texto bíblico que Jesus disse isso “apenas para o provar, pois Ele bem sabia o que ia fazer”. (João 6.6). Filipe fez um raciocínio matemático que indicava a presença de uma crise, ou seja, não haviam recursos suficientes para que cada um recebesse um pequeno pedaço de pão. André comunica a Jesus de que entre a multidão havia um rapaz com cinco pães e dois peixes; mas completou dizendo: ___”...mas de que servem no meio de tanta gente? O restante dessa história todos já sabem. Jesus manda que se assentem, dá graças pelos pães e peixes e todos comeram à vontade e, ainda, sobraram doze cestos de pães e Jesus recomendou que recolhessem para que nada se perdesse. (João 6.10-13).

Como não cremos que o relato bíblico foi registrado apenas para que as pessoas tomassem conhecimento de um cristo mágico ou coisa que o valha, concluímos que ele tem um objetivo maior, ou seja, demonstrar que dentro de uma crise a solução está nas mãos de Jesus.

Jesus como líder, não entregou uma fórmula pronta para seus liderados. Ele experimenta o estado de espírito, o grau de fé de seus discípulos e creio que ele deve ter ficado frustrado. Se tivesse perguntado ao centurião cujo criado fora curado este teria dito: ___ diga somente uma palavra e o pão multiplicará.

Filipe recorre à matemática, e num cálculo superficial chegou á conclusão de que os recursos financeiros não seriam suficientes. André concluiu pela regra de proporção de que cinco pães e dois peixes não seria nada diante de tanta gente.


No evangelho de Mateus quando registrada a segunda multiplicação de pães (MT.15.29-39), os discípulos recorreram a um raciocínio lógico: ___Onde poderíamos encontrar neste lugar deserto, pães suficientes para alimentar tantas pessoas ? (v.33).

Sem fé é impossível agradar a Deus como escreveu o autor da epístola aos Hebreus. A fé e a razão se digladiam, isto é, não se combinam, por isso, quando agimos apenas com a razão na tentativa de solucionar uma crise, nem sempre somos bem sucedidos.


O que fazer? Abandonar a razão? Não.

O culto que prestamos a Deus deve ser racional, ou seja, a fé deturpada desemboca em fanatismo, mas a fé verdadeira provoca uma nova mentalidade que não é calcada em bases da confissão positiva ou da lei da atração e tantas outras filosofias que se multiplicam por aí.



A primeira coisa que devemos fazer é reconhecer que diante de uma incapacidade humana surge a capacidade divina. Não havia dinheiro e se houvesse, não havia padaria, se houvesse padaria, já estaria fechada, pois as horas estavam avançadas e poderíamos conjecturar sobre outras impossibilidades presentes, porém, ali estava alguém que tinha pleno conhecimento sobre o que haveria de fazer. Cristo sabe o que precisa fazer, por isso, fique tranqüilo.



Nas bodas de Caná, sua mãe disse aos serventes da festa, “fazei tudo quanto ele vos disser”. Jesus manda encher umas talhas com água. De início parecia uma ordem desconexa, pois o que faltara na festa fora o vinho e não água. Não devemos discutir com o Senhor, pois nossa obediência redunda em milagres e experiências profundas.



1 - Não desdenhe do pouco recurso (cinco pães e dois peixes), pois o entregando nas mãos de Cristo, ele vai multiplicá-lo.



2 – A multiplicação dos recursos é para atender não só a você mas a tantas outras pessoas que estão sob a mesma crise.



3 – Não esbanje no momento de abastança, lembre-se que o mestre mandou recolher o que sobrou para que “nada se perca.”

4 – Seja previdente como o jovem que foi para o deserto e levou seu lanche e acabou sendo um personagem importante, pois foi com aqueles itens inexpressivos que Jesus resolveu o problema da fome.

5 – Agradeça sempre ao Senhor por tudo o que tens, ainda que pareça insignificante, certo de que ele bem sabe o que precisa fazer em sua vida.

6 – Tenha certeza que em meio a todas as dificuldades, o bom pastor não deixa nos faltar nada, ele nos faz deitar em pastos verdejantes e nos guia mansamente às águas tranqüilas, refrigera a nossa alma e nos guia pelas veredas da justiça. (Salmo 23).

Sm 46:10 Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.